Pedaços de alma?... Na morte a alma sublima E de tão dispersa, diz adeus ao mundo. Isso importa-me. Deixar de Ser é o que me importa! E dói-me saber que até as pedras deixam de o ser, que tudo o que existe é uma mesma massa que se estende, se tende, se corta e recorta e se faz em bonecos. Uma massa de barro, que se amassa de novo No devir da água. Dói-me ser boneco de barro crú. Os feitos só restam na memória de poucos outros. Os livros não morrem. Perder até as sombras amigas é o que mais me dói. Importa-me o sol, as plantas a crescer na minha horta, comer uma fruta a que dei de beber. Importa-me a eternidade Não essa que vejo nas pedras Mas a que se perde na poeira cósmica. Importa-me Viver!
2 comentários:
=D a melhor.
E pedaços de alma? pedaços de feitos, pedaços de livros, pedaços de sombras amigas?
quero aqui aquele para o seu amigo compositor.
Pedaços de alma?...
Na morte a alma sublima
E de tão dispersa, diz adeus ao mundo.
Isso importa-me.
Deixar de Ser é o que me importa!
E dói-me saber
que até as pedras deixam de o ser,
que tudo o que existe
é uma mesma massa
que se estende,
se tende,
se corta e recorta
e se faz em bonecos.
Uma massa de barro,
que se amassa de novo
No devir da água.
Dói-me ser boneco de barro crú.
Os feitos só restam
na memória de poucos outros.
Os livros não morrem.
Perder até as sombras amigas é o que mais me dói.
Importa-me o sol,
as plantas a crescer na minha horta,
comer uma fruta a que dei de beber.
Importa-me a eternidade
Não essa que vejo nas pedras
Mas a que se perde na poeira cósmica.
Importa-me Viver!
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